Fotos: Allan S. Ribeiro
A Comissão Especial de Estudos do MIS - Museu da Imagem e Som, reuniu-se na tarde desta quinta-feira (24), na Sala de Comissões do legislativo. Participaram os vereadores Marcos Papa (REDE), presidente, e Rodrigo Simões (PDT).
A CEE tem o objetivo de averiguar a situação de abandono da sede designada para o museu e propor novas soluções para instalação adequada do acervo. Compareceram, a convite, o jornalista Lúcio Mendes, o representante da Sociedade Civil e presidente da ONG Vivacidade, Renato Vital dos Santos Pinho "Tomate" e o presidente do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto), Anderson Polvorel.
O vereador Marcos Papa iniciou a reunião com anúncio de que o Secretário de Planejamento, Edsom Ortega, enviou oficio à comissão em que informou a decisão da não instalação do acervo do MIS no prédio da Avenida Francisco Junqueira, como cogitado anteriormente. Segundo o ofício, o acervo permanecerá na sede da Casa da Cultura, e posteriormente será enviado para o Lar Santana. "Tomate" destacou falta de diálogo do Poder Executivo com a população e ratificou que o acervo não está em condições adequadas de armazenamento na sede da Cultura, com risco de danos. "Como abrigo emergencial, o prédio da Francisco Junqueira causaria menos danos que o local atual", pondera. Papa mostrou-se preocupado com a situação. "Diante disso, cabe à Comissão agora encaminhar ofício ao secretário questionando se haverá alguma reforma na Casa da Cultura para abrigo digno dos materiais enquanto permanecerem por lá", declarou.
Anderson Polvorel enfatizou que é preciso debates entre administração e sociedade civil organizada para que os problemas dos museus da cidade não sejam resolvidos com medidas paliativas, mas sim com ações consistentes. "O Executivo não está debatendo seriamente a questão dos museus. Nós queremos um projeto a médio e longo prazo que contemple soluções", afirmou.
Lúcio Mendes contou um pouco da história do MIS ao resgatar acontecimentos da cidade, lembrando que a fundação do museu gerou clima de empolgação em Ribeirão. Segundo ele, que é filho do jornalista idealizador, a ideia da instalação do MIS surgiu pela força de Ribeirão na comunicação via Rádio e TV . "Recebemos várias ligações para doações na época. A ideia foi tão bem aceita que os responsáveis fizeram cursos em São Paulo e Rio de Janeiro para especialização em montar e dirigir o museu", lembrou.
No final do encontro, Papa ressaltou a importância dos trabalhos da comissão e da preservação da história da cidade. "Nós queremos o MIS protegido e disponível para a população, a fim de que perceba o valor do que é um museu e saiba mais de sua história", destacou.
Por Marco Aurélio Tarlá